A criação de palavras pelos falantes é uma demonstração da dinamicidade das línguas, que se renovam, acompanhando o avanço na ciência e na tecnologia. Afinal, se inovações passam a fazer parte do cotidiano de um povo, elas precisam ser nomeadas- e isso, na maioria das vezes, se faz com palavras novas, como "BLOGAR", por exemplo. Mas há outro tipo de novidade: os sentidos novos que são dados a palavras já existentes, como no caso de "FICAR". A isso chamamos neologismos.
Até serem incorporados aos dicionários, os neologismos travam luta árdua: correm de boca em boca, são publicados pelos vários setores da mídia, passam a fazer parte do vocabulário dos jovens e de grupos de profissionais...E, depois de circularem muito e de os estudiosos terem descartado a hipótese de eles serem um modismo, ganham espaço ao lado das palavras já registradas.
Foi isso que aconteceu com itens como "RALAR" ( trabalhar muito) e "PEN DRIVE" ( dispositivo para armazenar informações digitais), além dos que você leu no primeiro parágrafo deste texto. Eles e outros se imortalizaram na última edição (2011) do Dicionário Aurélio.
(Texto extraído da Revista Coquetel n° 266)
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