
Silencioso e branco como a bruma.
E das bocas úmidas fez se a espuma.
E das mãos espalmadas fez se o espanto.
De repente da calma fez se o vento
Que dos olhos desfez a última chama.
E da paixão fez se o pressentimento
E do momento imóvel fez se o drama.
Fez se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez se do amigo próximo o distante
Fez se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
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