Normalmente, o que recomendo, é o uso adequado do
seletor de canais. Basta mudar de canal, quando o que está passando não
nos agrada.
Não podemos condenar pura e simplesmente o que é
apresentado, pois é uma faca de muitos gumes (ou legumes...). Existem
aqueles que condenam, por considerar ser o sexo um tema que deve ser
tratado com mais cuidado, mas existem aqueles que por uma razão ou
outra, seja perversão, saudade ou curiosidade, aprecia o espetáculo. Uma
desculpa apresentada, é a já famosa frase “sexo também é cultura”.
Nada tenho contra o sexo, seja ele hetero, homo ou uno. Cada qual tem sua preferência, e esse direito deve ser preservado.
Contudo, compartilho da opinião de que a
televisão é aberta a todos, e deveria haver um cuidado maior no trato
desse tema tão controvertido. A opinião de todos deve ser ouvida.
Pode-se mesmo pensar em um plebiscito, para conhecer a opinião da maioria.
O ponto mais controverso, é o par que vive um
romance homossexual. Tenho ouvido críticas acerbas contra a apresentação
de um amor entre duas moças. Já houve novelas em que o par romântico
foi vivido por dois rapazes, e não houve tantas críticas. Ora,
homossexualismo existe desde que mundo é mundo. A história registra
nomes famosos que tinham essa preferência, portanto, é algo que deveria
ser encarado com mais naturalidade.
Na realidade, penso que ao invés de criticar a
exposição de algo que todos sabem que existe, o que os pais deveriam
seria aproveitar a ocasião para explicar bem para seus filhos e filhas
sobre os mistérios do amor e do sexo, mostrando bem todas as diferenças
que existem entre as diversas tendências sexuais. O grande problema é
que por falta de uma devida orientação paterna, as crianças acabam
sofrendo influências de amizades, que as poderão levar para um lado ou
outro. E para saber que caminho tomar, precisam saber os desvios que
poderão encontrar.
Algo que se pode criticar, contudo, é a maneira
abusiva com o que o sexo vem sendo explorado nas novelas, com cenas de
nudez, totalmente dispensáveis. Algo que autores e diretores
“novelísticos” devem entender, é que não há necessidade de se mostrar o
sexo quase que sendo executado. Fica muito mais bonito, e mesmo
excitante, apenas “sugerir” o que está acontecendo, sem mostrar todo o
ato em si, seja romance hetero ou homossexual.
Não é apenas esse o ponto a ser criticado, como
também o sexo “praticado” livremente entre os personagens, exista ou não
algum compromisso entre ambos, incentivando a liberalidade sexual.
Na vida real ocorre o mesmo, ou quase? Certo, mas não há necessidade de se incentivar tanto.
Todos transam com todas, e entre si também. As
novelas poderiam abordar temas com mais seriedade, e que sejam mais,
digamos, úteis para o público telespectador, mostrando mais
solidariedade e fraternidade, do que safadeza. Mostrando, como já foi
abordado com muito sucesso, o que existe por trás do “desaparecimento”
de crianças. Falando mais do que ocorre nos meandros da política, e
procurando enfatizar como o povo pode tentar modificar o trato político,
como por exemplo o fez a novela “Cabocla”... Ainda que timidamente
mostrou que o povo pode e deve fazer algo em seu próprio benefício,
desde que devidamente conscientizado.
Vamos criticar certas “aulas” que as novelas
apresentam, seja no incentivo ao sexo desenfreado, seja no incentivo à
pratica de atos desonestos. Vamos ser realistas, mas sem dar esse tipo
de aula a nossas crianças. Vamos criticar o exagero com que tudo isso é
mostrado.
Vamos, enfim, incentivar o uso do seletor de
canais. Quando algo não nos agrada, ninguém nos obriga a assistir o que
não queremos. Por exemplo, essa novela, “Senhora do Destino”, perdeu um
espectador. E não é por causa do romance das duas meninas, mas pelo
exagero com que a safadeza é mostrada e incentivada. Algo que chega a
irritar quem apenas procura algum lazer na televisão. E o triste, é que
está cada vez mais difícil encontrar, mesmo nos canais pagos, algo
agradável para assistir e, que ao invés de traumatizar, possa relaxar um
pouco.